"De repente, não mais que de repente", a literatura brasileira perde João Ubaldo Ribeiro. Quase no mesmo compasso perde, também, Rubem Alves. Não faz muito tempo, perdemos Arthur da Távola. Todos professores, coincidentemente, com incursão na literatura e amantes da boa música. Quem avalia sabe que o Brasil fica mais pobre.
Confesso minha maior afinidade com o Rubem, embora reconheça a pujança dos valores de Ubaldo e Arthur. O fato de ser filósofo e ter a Educação como prioridade, em sua vida, me fez seu fã, adepto de suas teses, admirador de sua obra e personalidade. Fico imaginando de quanto em quanto tempo a natureza, tão pródiga, nos propicia mentes tão lúcidas, irrequietas, produtivas. Particularmente, quando imagino o mundo sem um Rubem, "O Educador", é que sinto a pobreza de ideias batendo à nossa porta.
"Escrever é o meu jeito de ficar por aqui. Cada texto é uma semente.
Depois que eu for, elas ficarão. Quem sabe se transformarão em árvores!
Torço para que sejam ipês amarelos..."
(Rubem Alves)
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