segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A defesa de Clara


Essa é minha amiga Clara e esse é seu cachorrinho Lupi, antes da partida. Certa vez contei aqui como se deu a viagem de Lupi e, se falei de modo metafórico, foi porque o momento não era propício para uma verdade tão nua e tão crua. O fato é que Lupi saiu de casa e não voltou. Conjecturei, à época, que ele talvez tivesse sido convidado a visitar o Asteroide B-612. Para quem não faz ideia do que estou falando, explico: Fica lá onde é ali mesmo! Seu habitante, em sua última visita à terra, não era afeito a responder, mas a indagar. Clara sabe hoje, mais que ninguém, que estou tratando aqui do pequeno Príncipe, aquele menininho sabido que cuida de sua rosa, a única em seu planeta. E ele só perguntava, perguntava, perguntava...

E, por falar em perguntar, respondo, às várias indagações de amigos sobre o por quê não mais me aventurar no Bate-papo do Face, da mesma forma como dantes. Invocarei a opinião de Clara porque sei que essa amiguinha, levada pala razão, razão encontrará em minhas ponderações. Ela, num piscar de olhos, entenderá se eu expuser minha entrega à Filosofia em prol de melhores resultados, aqui não entendidos como notas ou médias altas. Agora mesmo solicitei (acordadamente com meus superiores) um período de férias na prestação do serviço público. Além do mais tenho no ENEM a possibilidade de melhorar meu baixo coeficiente. Isso demonstra quão eficiente não estou sendo.

Clara sabe das agruras na vida de um adulto. Conhece os meandros da atribulada rotina que nos impele a correr atrás das contas, contratos, distratos não tão atrativos. Contas-a-pagar, compromissos aqui e acolá, textos a ler, elaborar e contextos a serem vivenciados. Ela mesma já vive rodeada de tarefas. Brincar, pular, cuidar e guardar os brinquedos, ir à escola, fazer tarefas... Ufa! Esse mundo infantil também é assoberbado, gente. Por essas e outras é que Clara me dará razão. Amigos, amigos jamais serão esquecidos. Ao contrário do que muitos pensam, fico ali, na espreita, como bem diz Djavan, n’A rota do indivíduo: “...Te vigia como mãe que dorme olhando os filhos com os olhos na estrada...”. “Coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito”, diria Milton.

Um dia a gente se encontra!

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