quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Ao contrário do que muitos escrevem II

Imputar aos outros alguns erros que também cometemos é algo corriqueiro no “cotidiano diário do dia-a-dia”, para ser bem enfático. Nosso linguajar coloquial passa distante do formal, embora haja regras a serem seguidas e que, minimamente observadas, trazem melhor compreensão àquilo que tentamos transmitir, principalmente em si tratando da escrita. As palavras passam os escritos ficam. Eu mesmo escrevo por "metido" que sou, tenho plena convicção de que careço que Aurélio e Cegalla me deem régua e compasso na construção de um texto, simples que seja. Domingos Paschoal Cegalla acaba de me socorrer no uso do verbo dar conjugado na 3ª pessoa do plural, subjuntivo presente. 
O circunflexo foi supresso com o Novo Acordo Ortográfico de 2009. Por isso os verbos terminados em – eem – 3ª pessoa do plural, não mais o recebem. Há, no entanto, aqueles erros que não estão circunscritos tão somente à gramática. Ao contrário do que muitos escrevem, muitos escrevem ao contrário pela falta de informação, propiciando o surgimento de pérolas como algumas encontradas em exames vestibulares e que desfilarão nesta passarela:
“O nervo ótico transmite ideias luminosas”; “O vento é uma imensa quantidade de ar”; “O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas”; “Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor”; “Péricles foi o principal ditador da democracia grega”; “O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades”; O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d’água”; “As aves têm na boca um dente chamado bico”; “A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrário”; “Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso”; “A arquitetura gótica se notabilizou por fazer edifícios verticais”; “As múmias tinham um profundo conhecimento de Anatomia”; “Na Grécia, a democracia funcionava muito bem, porque os que não estavam de acordo, se envenenavam”; “Os hermafroditas nascem unidos pelo corpo”. “A Previdência Social assegura o direito à enfermidade coletiva”; “A respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de três minutos”; “O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo”; “O Ateísmo é uma religião anônima”. Encerro com um pensamento do meu personagem Jerimum: “Agente nunca poderemos sermos aquilo que não formos”.

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