domingo, 1 de fevereiro de 2015

Meus 60 anos: fechando a conta

Tinha alguns programas entabulados para o dia de hoje quando me tornei sex. Um fim de semana em praias pernambucanas, relembrando tempos pueris ou praias paraibanas que descobri na juventude. Havia, ainda, aquela ida ao um Hotel Fazenda em Taquaritinga ou numa das encantadoras pousadas de Bananeiras, Pousada Fulô da Pedra, tudibom. E haja “moído” para definir onde comemoraria a data. Sex é um adjetivo com o qual não tinha a mínima intimidade, era um logro muito distante no tempo. Nem me dei conta e já estava planejando onde estaria nesta data natalícia: Sexagenário sou com todo usufruto que a vida me permitiu.
Mariângela – aquela minha filha que optou pela vida em fraternidade e se tornou freira – comemorou seu primeiro aniversário na creche Vó Betinha, fato que ficou remoendo minhas lembranças. Lembrei-me do quanto nos divertimos ao passo que divertíamos a criançada que da festa participara. Imaginei, então, comemorar junto a ela na Comunidade Servos de Maria, onde foi consagrada. Mas um “clique” nos miolos me fez lembrar as crianças da Tia Déia, no Nosso Lar. De imediato decidi que lá comemoraria a data, não haveria melhor clima senão aquele.
E assim se deu a grande “farra” regada a pizza. Aquela gurizada encheu-me a vista e os olhos com a participação não só na degustação, mas na organização e regras que a Tia Déia ensina. Mais do que uma festa aquilo foi um banho de cooperação e muita civilidade. Eu já conhecia, fui íntimo do modelo educativo de Andréa na condução da vida em Nosso Lar. Mas é preciso que se vivencie para trazer aqueles ensinamentos ao nosso cotidiano, principalmente na forma de ver o outro, a doação ao semelhante, ainda mais quando este é tratado com tanta indiferença por nós outros. Aquela festa não fui eu quem proporcionou. Ganhei, na verdade, um enorme e significativo presente representado no bolo que elas mesmas, as crianças, confeccionaram para me ofertar. Aquele foi o melhor presente que pudera receber: Carinho e acolhimento daquela gente miudinha. Feliz estou pela dádiva alcançada! Ainda mais porque nos sentimos em Nosso Lar, num “Encanto de gerações” que termina em pizza. Completando a festa recebo ligação da Irmã Mariângela que se encontra na capital sergipana. Conta que chegando ao convento, onde é hóspede, encontra uma revista ao chão. Sedenta de leitura, como é, folheia e vê que um companheiro dos meus tempos de Carmelo é, hoje, bispo de Aracaju. Fica feliz com a novidade, comenta com as irmãs. À tarde, sem que estivesse agendada, recebe a visita de Dom João José Costa. Fala que é minha filha e, juntos, fazem festa com o encontro inusitado. Redobra-se a minha felicidade no dia do meu aniversário. Acham pouco? Ao contrário do que muitos pensam ainda viria o nosso Sarau, fechando a conta.

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